Nossa História
Parte 1 – Tudo começou na Alemanha…
Tudo começou em um canto frio da Alemanha, quando um jovem de apenas 19 anos teve uma ideia ousada: desenvolver o seu próprio processo de fermentação de alho negro.
Sem muitos recursos, mas com uma vontade enorme de fazer acontecer, ele mergulhou nesse desafio com tudo o que tinha. Foram meses de tentativas, erros e acertos — e também de perdas: mais de 300 quilos de alho acabaram queimados nas primeiras experiências.
Mas ele não estava sozinho. Ao seu lado, seu pai. Presente, firme e incansável. Foi ele quem apoiou essa jornada desde o início, acreditando no sonho, mesmo quando o resultado ainda era só fumaça. Foram muitas noites acordados juntos, cuidando de cada detalhe do processo. E foi justamente esse apoio que tornou tudo possível.
Com o tempo, vieram os primeiros acertos. A tecnologia foi sendo aprimorada, os equipamentos ajustados, e o produto ganhou forma — e qualidade. A produção chegou a uma tonelada de alho negro fermentado por mês. Na época, eram um dos únicos produtores da Alemanha, o que abriu grandes portas no mercado local.
Mas enquanto o produto crescia, internamente, o fundador ainda amadurecia. Ele estava com 21 anos e, apesar do sucesso, percebeu que estava à frente de uma empresa inteira praticamente sozinho — sem experiência suficiente em gestão, estrutura e expansão.
A rotina começou a pesar. O sonho virou um trabalho solitário e exigente demais. E foi aí que uma decisão difícil precisou ser tomada: vender a empresa. Não por falta de paixão, mas por reconhecer que ainda não era o momento certo para dar os próximos passos.
Parte 2 – Um recomeço, no Brasil
Algum tempo depois, em uma viagem ao Brasil para visitar os pais, algo reacendeu.
Estar de volta às raízes, ao calor familiar, ao solo conhecido, despertou novamente o desejo de empreender. Com mais maturidade e aprendizado, o projeto da fermentação voltou à mente — agora com outra estrutura, outra energia e outro propósito.
Foi assim que tudo recomeçou, dessa vez em Curitiba. A produção foi retomada, respeitando o mesmo padrão de qualidade, com equipamentos novos e uma visão mais clara.
Mas o mercado era diferente. No Brasil, o alho negro ainda era pouco conhecido, e por envolver um processo demorado e custoso, seu valor final acabou sendo alto. Isso tornou o produto mais difícil de entrar nas casas das pessoas, diferente da Alemanha, onde ele já era amplamente acessível.
Mesmo assim, com perseverança, portas foram se abrindo: lojas especializadas, açougues gourmet e clientes que valorizam o que é feito com excelência começaram a conhecer e aprovar o produto. E aos poucos, o espaço foi sendo conquistado novamente.
Parte 3 – Quando a farofa entrou na história
Foi no meio desse processo que veio uma sugestão inesperada, vinda de alguém do mercado:
“Não tem farofa realmente boa por aí… ou é tudo muito artificial, ou é artesanal demais, sem padrão. Mas se vocês, que já trabalham com tanta qualidade, entrarem nesse mercado… vai dar certo.”
Essa ideia bateu forte. Afinal, farofa é um produto querido, popular, presente em quase todas as casas — mas que merecia uma versão com sabor e qualidade incomparáveis.
Foram três meses intensos, testando receitas praticamente todos os dias. Até que, um dia, nasceu uma farofa com sabor marcante, textura perfeita e ingredientes de verdade. Era simples — e ao mesmo tempo, especial.
E assim, o que começou com alho negro se transformou também numa farofa que rapidamente conquistou espaço no mercado. O crescimento veio. Da produção pequena em casa, passamos para um container adaptado. Depois, para uma mini cozinha industrial. E seguimos expandindo.
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